Project Description

CASA SOMBREIRO

Dados Técnicos

Localização: Campinas, SP – Brasil

Tipo de Construção: Residencial

Área do terreno: 1200 m²

Área construída: 360,58 m2

Início do projeto: 2017

Conclusão da obra: 2019

Equipe

Autores: Fernando Forte, Lourenço Gimenes, Rodrigo Marcondes Ferraz

Coordenadores:  Gabriel Mota, Sonia Gouveia

Colaboradores: Aryane Diaz, Ana Meireles, Daniela Zavagli, Desyree Niedo, Felipe Fernandes, Guilherme Prado, João Baptistella, Alessandra Musto, Daniel Guimarães

Estagiários: Ciro Dias, Giovanna Custódio, Henrique Dias, José Carlos Navarro, Raquel Gregorio, Luisa Milani

Fotógrafo: Fran Parente

O terreno existente para elaboração da Casa Sombreiro não possuía características especiais em termos de vista ou topografia, e fica localizado em condomínio fechado com lotes similares
aos lados e ao fundo. Tendo isso em mente optamos por uma ocupação que remetesse a uma casa pátio, ou seja um projeto organizado para dentro do próprio lote em detrimento de uma relação com o espaço externo.
Com um eixo de circulação longitudinal do lote, da entrada da rua até seu fundo, organizamos o programa a direita e a esquerda desse elemento organizador. Três volumes mais compactos e fechados, um de serviços e dois da área intima realizam uma “base” em estrutura de concreto convencional, com aberturas precisas. O restante do programa, as áreas sociais e lazer, mais importantes em uma casa de veraneio, foram projetadas entre os volumes mais compactos.

Para uma grande permeabilidade visual e integração com o restante do terreno, paisagismo, solário e piscina, decidimos estudar uma inversão da estrutura tradicional, o sistema pilares internos, vigas e lajes. Lançamos os pilares, em concreto aparente para fora das áreas construídas, em meio ao jardim. No topo desses pilares, capitéis em estrutura metálica conectam vigas metálicas em perfis I que vencem os generosos vãos e as coberturas, realizadas em estrutura leve e sistema seco são por sua vez “penduradas” por esbeltos tirantes nas vigas. Essa “inversão estrutural” garantiu panos extremamente envidraçados que deixam a área social e de lazer totalmente conectadas com o terreno em grande permeabilidade visual.
A piscina abraça a grande varanda e sala, como um elemento transgressor, obrigando que o eixo de circulação se torne uma ponte sobre a agua em determinado trecho. Precisos muros-jardineiras configuram limites visuais na borda do terreno que dialogam com o espaço construído a distância em um ensaio de percepção e apreensão espacial da composição arquitetônica, ao mesmo tempo que é garantida a necessária privacidade para as atividades de veraneio.