Project Description
Clubes Dom Pedro
Dados Técnicos
Localização: Campinas, SP – Brasil
Tipo de Construção: Institucional
Área do terreno – D. Pedro II: 12.800 m²
Área construída – D. Pedro II: 1.296 m²
Área do terreno – D. Pedro III: 18.456 m²
Área construída – D. Pedro III: 1.300 m²
Início do projeto: 2012
Conclusão da obra: 2016
Equipe
Autores: Fernando Forte, Lourenço Gimenes, Rodrigo Marcondes Ferraz
Coordenadores: Gabriel Mota, Luciana Bacin, Marília Caetano, Sonia Gouveia
Colaboradores: Carla Facchini, Carmem Procópio, Juliana Fernandes, Juliana Nohara, Priscylla Hayashi, Thiago Pimentel, Vera Silva
Estagiários: Beatriz Proença, Nara Diniz, Luiz Henrique Falavigna, Otávio Araújo, Yara Bello
Fotógrafo: Rafaela Netto
Construtora – Brasil Batistella
Projeto de Estrutura e Fundações – Kreft Engenharia, Interplanus Engenharia
Projeto de Instalações Hidráulicas e Elétricas – Gavazzi Engenharia
Paisagismo – Sergio Santana
Projeto Luminotécnico – Foco Iluminação
Projeto de Interiores – FGMF Arquitetos
Fornecedores: Senibeton Fabricante Bricolagem, Deca, Lumini e Reka, ABB, MAV Esquadrias, Mr Cryl, Rocha Soares Serralheria, Portobello, Viamar Piscinas, Lux Obras, RJ Pinturas e Decorações, Jorge Pensi Studio, Alessandro Busana, Pedrali, Greenhouse.
Há alguns anos fomos convidados para realizar os projetos do complexo Dom Pedro, dois clubes completos, com sedes, acessos, e áreas externas de esporte e lazer. A arquitetura deveria propor uma identidade única, mas propor de forma independente organizações de fluxos, espaços e dimensões, relações com vistas e entorno, quase como dois projetos em um.
Após diversos estudos, decidimos dar início ao projeto pelas áreas externas – organizamos o espaço de quadras, campos, playgrounds, piscinas e acessos, e previmos os espaços mais adequados para cada edificação sede. Como partido para as construções partimos de um pressuposto simples – Adotamos uma espécie de “unidade volumétrica” a partir de uma decupagem do programa original. Com essa redução programática obtivemos uma clareza de setorização de cada área importante da edificação – vestiários, sala de ginástica, hall, salão de festa, serviços, acesso e assim por diante.
Cada uma dessas unidades do programa foi organizada buscando a melhor localização para cada uma das edificações, e sua relação com os espaços externos e fluxos internos. Para cada unidade criamos um volume que varia em dimensões e alturas, mas sempre segue a regra de ter duas faces abertas, uma para o acesso principal, e outra para as piscinas e vistas. Passamos então a entrelaçar os volumes e criar construções contínuas. Esse entrelaçamento hierarquiza a setorização do programa possibilitando a identificação de cada área à distância, enquanto cria uma volumetria quase escultórica, que cria diferentes e interessantes visuais para o usuário que se encontra em diferentes locais do complexo.
As paredes internas, porventura necessárias, foram recuadas do volume principal unitário e revestidas de madeira preservando a volumetria principal. Todos os volumes receberam revestimento cimentício integral – piso, paredes, tetos. No entanto buscamos três variações leves de cinzas entre esses revestimentos para ressaltar a independência entre a função de cada espaço.
Como embasamento para cada construção foram utilizados muros de arrimo em gabiões de pedra aparente, normalmente utilizados na construção de infraestrutura como um contraste com a pureza dos volumes acima. Esses volumes ficam recuados ou em balanço sobre essas contenções, debruçando-se para a vista ou para as piscinas.
O resultado geral do projeto foi o de um partido único e forte para as duas construções do complexo resultando em volumetrias quase escultóricas. Apesar da clara relação entre as construções, e partidos iguais, cada uma delas possui um caráter único e relações muito intimas com o programa externo e a natureza circundante.
Dom Pedro II - Implantação
Dom Pedro III - Implantação