Um equipamento do porte de uma estação intermodal deve, essencialmente, ser projetado como um tecido urbano. Essa premissa norteou a proposta para a estação Tiquatira que interliga a linha branca do Metrô, as linhas 12 e 13 da CPTM, uma linha de ônibus metropolitano da EMTU, um terminal municipal de ônibus e um estacionamento conectado ao transporte coletivo.

Com os trilhos em superfície, partimos do desnível de cerca de 7m entre os dois lados da ferrovia para criar um edifício que cobre essa cicatriz urbana, criando uma enorme praça pública na cobertura. Acessível a partir do nível da rua, essa praça favorece a conexão entre os dois lados da linha férrea. As áreas destinadas ao Metrô e terminal de ônibus estão no subsolo, abaixo de outra praça, rebaixada. A estação da CPTM está semi-enterrada, fazendo a transição entre os trilhos e os demais espaços subterrâneos.

Na praça de acesso, propôs-se a construção de espaços comerciais tais como lojas, cafés e serviços variados que dão sentido de uso desse local público. Como espaço urbano, nossa visão é que ele seja mais do que o acesso ao edifício, e sim uma finalidade em si: deve ser um espaço de encontro, de lazer, de vida.

Adicionalmente, o complexo conta ainda com um edifício comercial que absorve e aproveita parte do fluxo gerado pela estação. As vias do entorno foram repensadas para ter calçadas mais generosas, iluminação e travessia de pedestres, permitindo melhor interface entre o novo complexo e as atividades e espaços do entorno.